Diplomatas de oito países, que participam da 4ª edição do Programa de Intercâmbio AgroBrazil, evento promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), conheceram nesta quarta (28) a Fazenda São Vitor, na Ilha de Marajó (PA). O objetivo da visita foi conferir de perto a produção artesanal do queijo de búfala da Queijaria São Victor, que no início deste mês recebeu o troféu “Super Ouro”, do Prêmio Queijo Brasil.
“A conquista não é só da nossa fazenda e sim da região, pois o queijo creme de Marajó é tradicional e existe há uns 200 anos. Então é gratificante saber que ele foi considerado, entre cerca de 500 queijarias, o melhor do país”, afirmou a produtora Cecília Pinheiro. Criada em 2006, a queijaria produz em média 500 litros de leite de búfala por dia e 70 quilos queijo. “A fazenda já está na família a várias gerações, mas só em 2000 que resolvemos começar a criação de búfalos. Seis anos depois, contratamos um queijeiro e assim desenvolvemos a queijaria”, explicou o produtor Marcos Pinheiro.
Comitiva
O grupo formado por adidos agrícolas e representantes da Hungria, Tailândia, Malásia, Vietnã, China, Estados Unidos, França e Myanmar, conheceu todo o processo de produção do queijo de Marajó, desde a chegada do leite, a separação da gordura, a fermentação, a confecção do produto e a embalagem. “Nesta edição, estamos tendo a oportunidade de conhecer produtos típicos da região norte do Brasil, como o açaí, o cacau e o queijo de búfala. Percebi que o clima e algumas características daqui são semelhantes ao do meu país, inclusive temos búfalos lá também”, disse o segundo secretário na Embaixada do Myanmar no Brasil, Thway Thaut.
Para Norlyana Bint, primeira secretária na Embaixada da Malásia, “estar no Brasil é muito interessante, principalmente no Pará. Tudo aqui é diferente do meu país, estou adorando a experiência”.
AgroBrazil
O Programa busca aproximar produtores rurais brasileiros e os representantes de delegações estrangeiras no Brasil. O objetivo é apresentar a realidade da produção agropecuária brasileira e as ações e técnicas que a tornaram o principal setor da economia nacional.
O Intercâmbio começou em 2017, no Vale do São Francisco, nas cidades de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco. Os diplomatas conheceram a produção de frutas, suco integral e espumante.
Já o foco da segunda edição foi a produção de carne bovina e grãos do Pantanal, no Mato Grosso do Sul. A última visita ocorreu em Minas Gerais para conhecer a produção de café e produtos lácteos.