Por Cleber Barbosa, da Redação
Uma portaria da Marinha do Brasil aumentou em 20 centímetros o calado operacional na Barra Norte do Rio Amazonas, o suficiente para um significativo aumento da capacidade de cargas dos navios que operam na região. A Praticagem do Rio Amazonas (ZP1) por intermédio da Cooperativa de apoio e Logística aos Práticos (UNIPLOT), em convênio com a UFRJ e o Comando do 4ºDN, além do apoio da CARGILL-Santarém, realizou a primeira travessia na foz do Rio Amazonas (Barra Norte) com Navio calando 11,70 metros e o resultado foi bastante comemorado.
A navegação foi realizada pela Praticagem com o navio STH Athens, das Ilhas Marshal, transportando milho. Foi a primeira das dez passagens teste para homologação do novo calado definido pela Marinha do Brasil, através da Portaria nº230/Com4ºDN, de 24 de julho de 2018. O evento faz parte da primeira etapa do Projeto do Calado Dinâmico da Barra Norte, do comandante do 4º Distrito Naval, o almirante Edervaldo Teixeira. “O calado anterior era de 11,50 metros e aumentamos para 11,70 o que já eleva em quase 2 mil toneladas a mais a capacidade de carga dos navios”, disse o militar.
A Praticagem na Barra Norte do Amazonas é coordenada por Linésio Barbosa. Entre os dias 22 e 23 de setembro a Praticagem do Rio Amazonas realizou a navegação do Navio Mercante STH ATHENS – que possui 199 metros de comprimento por 32,25 metros de boca. A embarcação carrega aproximadamente 60 mil toneladas de milho, com um calado de 11,70. Cumprindo os requisitos da portaria da Marinha para a homologação do novo calado, sendo a primeira travessia das 10 travessias propostas pela portaria.
Mercado
A singradura teve como práticos os especialistas. Leandro Caiaffa Orcay e Francisco Negrão, os quais realizaram uma manobra segura, que convalidou todos os estudos feitos preliminarmente pela praticagem em conjunto com a UFRJ, onde demonstra que com o auxilio da maré é possível navegar com esse calado ou maior em 80% dias do ano, sendo possível aumentar de forma gradativa e totalmente segura o calado de navegação na Foz do Rio Amazonas até os 12,30m de acordo com a altura de maré do dia, segundo a Praticagem. “Aumentando assim a competitividade para toda região, igualando a capacidade de outros portos brasileiros, permitindo o aumento do investimento na região e consequente aumento no numero de terminais e geração de emprego e renda”, conclui Falcão.
Relembre reportagem em vídeo sobre o novo levantamento náutico no Amazonas