Juan Monteiro e Cleber Barbosa (*)
Onde está o agronegócio? A gente muitas vezes nem percebe, mas ele está em quase tudo o que a gente faz, todos os dias!
Ouvimos muitas pessoas se posicionarem, a favor ou contra o agronegócio, mas será que realmente temos noção do quanto o agronegócio está presente em nossas vidas?
Cada dia a mais de vida é um presente de Deus, então ao abrirmos nossos olhos todas as manhãs percebemos o lugar onde descansamos, uma cama, uma rede, aquele lençol com travesseiros cheirosos e macios, enfim, são feitos pelo agronegócio.
Você entra no banheiro e vai direto para a pia, logo, usa o creme dental de hortelã e depois do sabonete de breu branco ou erva doce. E os seus cabelos são cuidados com shampoo de glicerina com creme de babosa.
E as mulheres ainda têm o batom, rímel, base, blush. Para os homens simplesmente um perfume com essência amadeirada. A indústria de cosméticos também faz parte do agronegócio.
Você vai à gaveta e escolhe suas roupas íntimas, renda para as mulheres e algodão para os homens.
Na hora de sair, os mais sofisticados usam gravata de seda, ternos de lã fria ou linho.
Para os mais despojados, o bom e velho jeans e a camisa polo de malha em poliéster.
Já elas ainda têm uma infinidade de opções, cetim, crepe, viscosa, cambraia, organza, veludo, tafetá… Eita!
E antes de lembrar que a indústria têxtil também está no agronegócio, você ainda tira os pés de sua sandália tradicional de borracha legítima e calça um sapato de couro legítimo ou um tênis de camurça.
No caminho para a cozinha, o aroma do café lembra o amor da família, doce como o açúcar. O leite dá aquela corzinha mais amena ao chocolate, que vem junto com aquele pão quentinho, uma tapioca, uma bolacha ou ainda um cuscuz, sem esquecer o bom e velho ovo frito.
Se vai de carro para o trabalho, tem biodiesel, se vai na moto tem o lubrificante; se vai a pé tem o agro no solado do sapato também!
Na empresa ou na repartição, tem madeira da porta até a cadeira, MDF, angelim, cedro, mogno, andiroba ou acapu.
Se for pensar na hora do almoço, vale lembrar que no supermercado é agro para todo lado, aliás, nuca vi um lugar mais agro do que ele: das hortaliças às verduras, o frango, o peixe e o suíno, chegando ao enlatado, processado, congelado, resfriado, enfim, deu até água na boca!
Isso porque nem falei das bebidas, o vinho para quem gosta, a cerveja com aquele lúpulo especial, como também uma variedade de sucos e até o chá.
Se não quiser cozinhar hoje, dá para ir a um restaurante ou na quitanda do bairro, pode ir de picanha, sushi ou vatapá, afinal tem agro no Amapá e em tanto lugar que a gente nem para pra pensar!
E ainda tem um mundaréu de gente para produzir tudo isso, do pequeno ao grande produtor, gerando tanto trabalho, do motorista ao doutor.
Hoje tem os engenheiros, os agrônomos, os veterinários, os administradores, advogados, contadores, professores. Do homem mais simples que pega a terra com as mãos até os trabalhos mais avançados, como aquele técnico que voa com o drone e lá de cima conta o gado ou o crescimento da planta.
O agronegócio emprega 37% das pessoas que trabalham de carteira assinada em nosso país e responde por 1 a cada 4 reais que o Brasil produz de riqueza.
Sem agronegócio não seria possível ter a vida que temos hoje, o que vestimos, o que comemos ou bebemos, então todo respeito ao agronegócio que ele merece!
Nem na pandemia, essa verdadeira tragédia humana que se abateu sobre o planeta este ano foi capaz de parar o agronegócio, ao contrário, nunca se precisou tanto dele.
É isso amigos e amigas, saibam todos que viemos hoje celebrar a vida, reverenciar o campo, mas lembrar de sua ligação com a cidade. E a vida é agro, pois agro é tudo como diz aquela propaganda!
(*) Jornalistas, sócios fundadores do Portal do Agro.