A exportação pode acontecer por vários fatores, a exemplo de quando um produto ou serviço possui alta qualidade e valor agregados se tornando competitivo o suficiente para ter o seu espaço no mercado, ou pode ser pela necessidade existente de seu consumo em outros países.
A exportação pode se dar de várias formas: de maneira direta, quando a venda é feita pelo produtor diretamente com o comprador em outro país; indireta, quando o produtor vende para uma empresa nacional que faz a venda ao comprador; perfeita, quando no processo de negociação não há nenhum intermediador; e imperfeita, quando a empresa ainda está ganhando experiência e precisa de um intermediador para exportar.
No caso da venda da soja produzida no Amapá, a venda ao comércio exterior é realizada na modalidade de “exportação indireta”. Os sojicultores amapaenses negociam com empresas como a Fiagril para a realizar a exportação para países do bloco europeu, Ásia ou mesmo das Américas. Aliás, a Fiagril, com sede em Macapá e como porto graneleiro instalado no Porto de Santana, ajuda os produtores do Amapá com o financiamento de insumos como calcário e fertilizantes e contrata antecipadamente a compra do produto.
A pergunta mais recorrente feita por quem não está acostumado ou ainda tem pouca compreensão sobre exportação, é “se a soja produzida aqui vai para outros países, o que o Amapá ganha com isso?”
O Amapá possui ganhos significativos com a exportação, afinal, quando um produto é vendido no comércio internacional, o dinheiro dessa venda entra na economia da região onde é produzido, no caso, esse dinheiro entra na economia do Amapá, e é distribuído em toda a sociedade através de sua cadeia produtiva.
Atualmente, a área de soja plantada no estado é de 20 mil hectares, e produz para exportação 52 mil toneladas, injetando na economia do local R$ 77 milhões, e ocupando 256 pessoas nas lavouras e mais de 2.500 em atividades nas cidades. Somente o consumo de diesel chegou, em 2018, a 1 milhão 395 mil litros, fazendo circular mais de R$ 5 milhões 231 mil nos postos de combustíveis, além impactar outros setores como o de transporte, máquinas, equipamentos e insumos agrícolas.
O consumo de diesel ajuda no surgimento e manutenção de negócios que ocupam diversas categorias profissionais, passando por gerentes, contadores, frentistas, transportadores, advogados, mecânicos, engenheiros, profissionais de manutenção, dentre outros.
Juan Monteiro – Jornalista, Especialista Em Marketing do Agronegócio