Voltada para atender pequenos produtores e pequenas agroindústrias, a EMBRAPA, em parceria com a Fundação Banco do Brasil e o SEBRAE, criou as minifábricas de castanha de caju, que conseguem processar as amêndoas com qualidade superior, inteiras e com coloração mais clara. As minifábrica contém estrutura adaptável à capacidade produtiva de cada unidade e ao seu tamanho.
O processamento normal na indústria de castanha de caju realiza a autoclavagem no óleo da própria castanha e tem o corte com sistema mecânico, etapas que configuram como maiores dificuldades de tecnologia e causam quebra de 45% das amêndoas, e produz manchas pelo líquido da casca da castanha, fazendo um produto com qualidade inferior e de menor valor final de venda, perdendo a possibilidade de se posicionar na categoria premium de mercado.
A alta qualidade para o mercado premium pode facilmente ser alcançado pelas amêndoas processadas com as minifábricas de castanha de caju desenvolvidas pela EMBRAPA por evitar esses gargalos fabris, agregando valor no processo para produtos. Além disso, as minifábricas incentivam a democratização e o acesso à tecnologia que desconcentra os processos de industrialização nas zonas que produzem a castanha.
O elevado índice de aproveitamento de 85% das amêndoas inteiras, e o fácil manuseio do equipamento contribui para a vida do pequeno produtor rural à medida em que garante a ele uma maior rentabilidade e, por consequência, a sua permanência no campo com qualidade de vida, através da geração de riqueza e empregos.
(Fonte: EMBRAPA)
Juan Monteiro
Jornalista