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Praticagem do Amapá, a Plataforma Logística do Amapá (PLA) e o Tanque de Provas Numérico da USP levam Prêmio Inovação
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Plataforma logística e Praticagem do Amapá são premiadas pela Antaq

Da Redação

A Praticagem do Amapá, a Plataforma Logística do Amapá (PLA) e o Tanque de Provas Numérico da Universidade de São Paulo (TPN-USP) venceram o Prêmio Antaq 2021, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, na categoria Iniciativas Inovadoras, pelo trabalho que levou ao aumento do porte dos navios nos portos do Amapá. A iniciativa do grupo foi escolhida entre 18 trabalhos inscritos na categoria. A comissão julgadora foi formada por representantes da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), do Correio Braziliense, dos Ministérios da Infraestrutura e da Economia, além de servidores da Antaq.

Por décadas, o estado do Amapá só operou embarcações da classe Handymax, com capacidade de até 55 mil toneladas de carga. Para superar o problema, em 2020, durante quatro dias foram feitas simulações controladas por práticos, no Centro de Simulação de Manobras do TPN-USP. Estes estudos contaram com o apoio das iniciativas da Praticagem do Amapá e da Companhia Docas de Santana (CDSA), que forneceram levantamentos hidrográficos mais atualizados, e da PLA, responsável pelo projeto de dois novos terminais privados, que contratou uma análise detalhada das correntes no Canal de Santana.

Além da parceria inovadora, pela primeira vez foram reunidos nas simulações representantes da praticagem, das autoridades Marítima e Portuária, do Ministério Público e dos poderes Executivo e Legislativo; agilizando o consenso sobre a segurança de novas operações. No dia 29 de agosto de 2020, menos de um mês após os estudos na USP, a CDSA recebeu o primeiro Panamax homologado pela Marinha, com dois porões a mais de carga e capacidade para até 73 mil toneladas.

Os estudos também indicaram a possibilidade de o porto e os futuros terminais receberem navios New Panamax, com 105 mil toneladas de capacidade. E confirmaram ainda que o Porto de Santana poderia operar do nascer ao pôr do sol, e não apenas por cerca de uma hora no estofo da baixa-mar. Outra descoberta foi a oportunidade de funcionamento 24 horas, desde que se implante o balizamento noturno e faça-se o uso de rebocadores adequados.

Novos investimentos

“Os resultados aumentaram a competitividade do porto e trazem enorme potencial de desenvolvimento e atração de investidores para o Amapá, tornando o estado mais uma opção para o escoamento dos grãos do Centro-Oeste. Demonstramos que os gargalos de infraestrutura ficam pequenos diante da possibilidade de participação da iniciativa privada e de interlocução maior da sociedade”, afirmou o prático Ricardo Falcão, que representou a praticagem na cerimônia no Clube Naval, em Brasília.

Para o professor Eduardo Tannuri, coordenador do Centro de Simulação de Manobras do TPN-USP, o prêmio é um reconhecimento aos quase dez anos de parceria da universidade com a Praticagem do Brasil. “Os estudos no Canal de Santana contaram com seis práticos que conduziram as manobras e contribuíram na definição das premissas das simulações e dos riscos que deveriam ser analisados. Ao longo desses anos de parceria entre a USP e a praticagem, estabeleceu-se um procedimento para estudos náuticos, associando-se conhecimentos técnicos e náuticos. Mais de 200 práticos já participaram de mais de 200 simulações para implantação de novos portos e operações no país’, citou o professor Eduardo Tannuri.

A entrega do prêmio foi feita pelo superintendente de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade da agência, José Renato Ribas Fialho. Estiveram presentes o secretário executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, substituindo o ministro Tarcísio de Freitas, o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, e os diretores Adalberto Tokarski e Flávia Takafashi.

 

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