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Novos status foi entregue em Paris, durante reunião da Organização Mundial de Saúde Animal
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Agora é oficial: Amapá ajuda o Brasil a certificação de livre da aftosa com vacina

A delegação do Amapá que foi a Paris pode finalmente comemorar – agora oficialmente – que o Brasil está reconhecido como livre da febre aftosa com vacinação de seu rebanho. A certificação foi entregue ao ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), durante a 86ª reunião da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) certificado que confere ao Brasil o novo status sanitário. A nova condição, agora estendida a todos estados, além de Santa Catarina considerada livre sem vacinação, foi comemorada pelo ministro que destacou esforços do governo e da inciativa privada e perspectiva de ampliação de mercados para as carnes bovina e suína.

“O Brasil vem numa luta, em um programa de mais de 60 anos para erradicar essa doença e, nos últimos anos, fez um esforço muito grande para finalmente resolver o problema”, afirmou. “E, a partir desse reconhecimento, o Brasil tem novo status no mercado mundial e poderá acessar mercados que ainda estão fechados”. Ele destacou tipos de carne que passarão a ser negociados, principalmente, com países asiáticos, entre eles, China e Japão. “Não era possível, até agora, por exemplo, exportar para a China carne que contém osso”.

“E há o efeito colateral, que são as exportações de carne suína. Se você não tem o país livre, o mercado não aceita a carne suína. Temos um estado na federação que é livre sem vacinação, então, esse podia exportar por exemplo, para o Japão, para Coreia e outros mercados. Em resumo, mudas o status e ao mudar, você tem mais gente para conversar, mais países para comercializar”, disse Maggi.

Próximo passo

Programa elaborado pelo Ministério da Agricultura junto com produtores prevê que até 2023 deverá ser possível cessar a vacinação no país, iniciando a retirada da vacina contra aftosa já a partir do ano que vem. “Temos esse cronograma definido em função do fluxo de animais, porque uma vez declarado o estado como zona livre, não é possível transitar mais por ele com animais procedentes de outro com situação diversa. E também há atuação nas fronteiras, desde a Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela, países com os quais há um programa conjunto”.

O ministro viajou para a reunião da OIE, acompanhado de representantes do setor agropecuário, de parlamentares, dos secretários de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel, e de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Ribeiro e Silva, além do diretor do Departamento de Saúde Animal e presidente da Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (COSALFA), Guilherme Marques.

Amapá

Os representantes do Amapá na França, José Renato Ribeiro (DIAGRO), Iraçu Colares (FAEAP) e Jesus Pontes (ACRIAP), se mostraram orgulhosos com o feito histórico e ratificam que a responsabilidade agora só aumenta. “O nosso desafio agora é manter esse certificação e galgar uma nova condição, de livre da aftosa, sem vacinação”, diz o pecuarista Jesus Pontes, que exibia a certificação como um troféu ao lado do presidente da DIAGRO, prometendo levar o documento até o Palácio do Setentrião, em Macapá, como agradecimento ao governador Waldez Góes, pelo apoio e decisão política de construir um ambiente para o novo status sanitário.

 

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