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Ribamar Rodrigues, que preside o Fórum de Desenvolvimento Econômico do Amapá
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Coordenação da carreata do setor produtivo diz que manifestação alcançou seus objetivos

Da Redação

O produtor rural Ribamar Rodrigues, que preside o Fórum de Desenvolvimento Econômico do Amapá, foi ao rádio no fim de semana fazer uma avaliação do movimento denominado “Carreata Acorda Amapá”, que saiu às ruas de Macapá para pedir mais apoio ao setor do campo. Falando ao programa Togas&Becas, na rádio Diário FM (90,9) ele disse que o protesto alcançou seus objetivos, chamando a atenção das autoridades e sensibilizando a sociedade.

Ao lado do advogado Paulo Figueira, que assessora o fórum, Ribamar disse que a própria interação com a sociedade, em que pese os transtornos para o trânsito da cidade, mostrou-se positiva. “Nós em nosso comodismo sempre achamos que o problema não é nosso, mas a liderança no desemprego, de mortalidade infantil, entre outras coisas que estão acontecendo em nosso quintal e as pessoas não estão sabendo, pois fala-se do coronavírus hoje, só que está acontecendo algo até mais grave e destrutivo que é a falta de emprego”, disse ele.

Ainda segundo o representante do setor produtivo, a título de ilustração, disse que no estado do Amapá quase 90% de seu território existe uma placa de proibição de entrar, por diversos motivos, como reservas ambientais, terras indígenas, dentre outros motivos. “Mas os outros dez por cento não se pode produzir porque não tem licença. Então é essa dramaticidade que a gente busca que chegue ao conhecimento da população”, disse ele.

Números

Já o advogado Paulo Figueira disse que o decreto 8.713, de 2016, já continha as informações apresentadas por Ribamar, sendo ainda mais preciso, afirmando que o estado do Amapá é detentor de apenas 2% de todo o seu território, equivalente a 286.907 hectares. “O Amapá tem hoje 65,63% incluindo a FLOTA [floresta estadual do Amapá] transformado em unidade de conservação, são quase 10 milhões de hectares. São 8,25% de terras indígenas, 1,184 milhão de hectares; 15,65% de assentamentos federais, improdutivos ou abandonados; 0,35% de áreas quilombolas, quase 56 mil hectares; então o estado só tem 2% de área, equivalente a 206 mil hectares, sendo deste total 8,12% de áreas remanescentes das 23 glebas que podem se tornar produtivas, são 1,164 milhão de hectares, mas que sobram apenas 726 mil hectares para o estado trabalhar”, lista o advogado.

O Fórum de Desenvolvimento Econômico do Amapá agrega 13 cadeias produtivas, sendo criado na inspiração da necessidade, pois se todos os setores funcionassem direitinho, com a concessão das licenças normalmente não haveria a necessidade, talvez até haveria, mas não existiria o fórum.

Outro lado

No segundo dia da manifestação, a coordenação conseguiu uma audiência com o procurador-geral do Estado, Nasson Galeno, na PGE. No encontro, o representante do estado definiu um grupo de acompanhamento para agir com muito mais rigor no diálogo com as autoridades federais, cobrando apoio dos órgãos, seus funcionários para dar celeridade aos processos do setor. 

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