Cleber Barbosa, da Redação
O principal órgão de licenciamento ambiental do Amapá, o IMAP (Instituto do Meio Ambiente e Territorial) foi novamente alvo de uma operação da Polícia Federal em Macapá. Na última quinta-feira (14) agentes e delegados da PF saíram às ruas da cidade para cumprir mandado de prisão contra o ex presidente do instituto, Bertoldo Dewes, além de intimações para produtores de soja prestarem esclarecimentos na sede da Superintendência da PF na capital do estado.
Batizada como Operação Shoyu, a ação foi desencadeada a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que instituiu procedimento para investigar o caso, que acusa o ex presidente do IMAP de chefiar o que procuradores definem como “organização criminosa”. Um servidor do órgão , cujo nome não foi divulgado, foi afastado da função pública. O caso tem a ver com uma conhecida falta de sintonia entre os órgãos de licenciamento ambiental federais e estaduais, que resultou na aplicação multas e o embargo de várias propriedades rurais.
Outro lado
A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Amapá (APROSOJA-AP) manifestou-se por meio de nota, onde se diz surpresa com a deflagração da operação, sem ter sido precedida por qualquer pedido de informações ou mesmo ter sido intimada a prestar esclarecimentos, mas ainda assim “manifesta irrestrito suporte às investigações que o caso requer”.
Ainda através desse comunicado, a APROSOJA hipoteca todo apoio a seus associados, seja no âmbito jurídico, administrativo ou pessoal. “No sentido de ao mesmo tempo franquear às autoridades policiais, reapresentando as informações e toda a documentação às autoridades competentes, como também garantir o contraditório e a ampla defesa”, reforça o documento.
Íntegra da nota de esclarecimento da Aprosoja-AP