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DUAS EMPRESAS DO AGRONEGÓCIO ENTRE AS 10 MAIS INOVADORAS DO MERCADO

O site Forbes Brasil divulgou a lista com as 10 empresas mais inovadoras do mercado brasileiro e duas dessas tem ligação direta com o agronegócio. A presença de duas empresas do setor atesta como o setor, equivocadamente visto como conservador e retrógrado, é um dos mais inovadores do mercado brasileiro.

Mas o que é inovação? Importante que não se confunda inovação com invenção, pois são coisas diferentes, embora complementares. O inventor cria novos produtos; já inovador cria maneiras de fazer as mesmas coisas, mas de forma mais produtiva, econômica e segura. Se você gosta do tema INOVAÇÃO, eu recomendo o livro INOVAÇÃO — A arte de Steve Jobs, de Carmine Gallo.

O agronegócio tem a inovação em seu DNA, pois lida diariamente com desafios relacionados ao clima, solo, relevo, maquinário, mercado, políticas e até mesmo modismos de época. Por isso que afirmo que o agronegócio é um dos setores mais complexos que existem, pois tem o deve estar atentos a quaisquer variações à normalidade nas 24 horas dos 365 dias do ano; afinal 20 dias a mais de sol pode não significar nada na cidade, mas na roça pode ser a diferença entre a fatura da colheita e a quebra de safra, a falta de pastos e a falência de muitos produtores.

Em seu belo artigo no AAA, sobre o mesmo tema, a jornalista Sara Gubert destacou que “a inovação pode ser vista como um estado de espírito em que há a necessidade de desafiar o status quo”. Lembro que são por pequenos detalhes que alguns líderes fazem a diferença em suas equipes e corporações! Esses líderes trocam os divertidos, mas improdutivos, “workshops de inovação” por uma “cultura de inovação” com rotinas e práticas que fazem as empresas serem inovadoras fora do papel, dos murais e dos PowerPoints. Os colaboradores dessas empresas normalmente respiram inovação, exalam inovação e são ávidos por encontrar a maneira mais eficiente para questões que vão desde o lixo das mesas ao atendimento de um cliente insatisfeito com determinado produto, e pasmem: eles não tem suas ideias surrupiadas por superiores nem são advertidos por tentar fazer diferente do que “sempre se fez por aqui”!

AS REPRESENTANTES DO AGRONEGÓCIO

Cargill

A gigante que nasceu em 1965 em Iowa — EUA, atua hoje em cerca de 67 países e muito além do seu corpo de mais de 2 mil cientistas, todos os colaboradores da empresa transpiram inovação. Enganasse quem pensa que a Cargill atua simplesmente com o recebimento e transformação de produtos do agronegócio; a empresa que está presente em segmentos como a nutrição avança a passos largos no desenvolvimento de equipamentos para a mensuração de gases de efeitos estufa emitidos pelos bovinos, algo não simplesmente inovador, mas disruptivo.

Syngenta

A empresa é resultado de diversas fusões e usa esse histórico de maneira muito habilidosa para informar o que é a empresa. No seu site é possível encontrar a descrição: “A Syngenta é resultado da fusão entre expertise e tecnologias desenvolvidas há centenas de anos por reconhecidas empresas agroquímicas.” A maneira inteligente como a empresa conta sua histórica já nas primeiras linhas do seu “Quem somos” já mostra a capacidade de lidar com situações delicadas e abre portas para imaginar o qual inovadora seria essa empresa.

Presente em mais de 90 países, a empresa produz soluções para o agronegócio em segmentos que vai desde sementes até defensivos, e esse leque de opções forçaram a empresa a adotar a cultura de inovação para seguir crescendo em um mercado superconcorrido.

 

NO AGRO, OU SE INOVA OU SE É ENGOLIDO

Essa é uma verdade a cada dia mais evidente no agronegócio. Basta observamos as empresas de saúde animal, nutrição animal, defensivos agrícolas, sementes e implementos e veremos que a mudança nos últimos vinte anos foi astronômica. Grandes marcas que pararam no tempo foram absorvidas por marcas menores, mas com maior capacidade de inovação. Empresas surgiram na lacuna deixada por outras e algumas simplesmente desapareceram.

Não se espante se em um curto espaço de tempo algumas marcas deixarem de ser empresas de saúde animal para se tornarem empresas de soluções tecnológicas. Quem duvida disso basta observar as gigantes Corteva, MSD, Zoetis e Boehringer-Ingelheim e Cargill, entre tantas outras, que vem incorporando dia a dia a inovação e as soluções tecnológicas em lugar de produtos em frascos ou sacos. Outras empresas surgem como Rumina e Gira, com produtos antes desconhecidos do produtor, mas que atendem algumas de suas dores mais crônicas.

Aguardemos o próximo ranking da Forbes, sempre bem elaborados e que desta vez apontou que apesar dos mitos que permeiam as mentes de quem não conhece o agronegócio, esse é um setor com alguns dos profissionais mais inovadores do mercado e a Cargill e Syngenta representaram muito bem as muitas outras empresas inovadoras desse segmento que, apesar dos desafios e críticas, cresce ano a ano com o objetivo de não somente alimentar, mas: alimentar, vestir e garantir a segurança ambientar de todo o mundo.

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