A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) comemorou a abertura do mercado chinês para as exportações do melão brasileiro ao país asiático. O acordo foi anunciado esta semana, após encontro bilateral entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da China, Xi Jinping. Os chefes de Estado se reuniram durante a XI Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que acontece em Brasília. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também participou do evento.
O assessor técnico da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Pedro Henriques Pereira, destaca que a entidade esteve envolvida durante todo o período de negociações para a abertura do mercado chinês, ajudando o governo brasileiro nas negociações. O melão será a primeira fruta fresca brasileira com acesso ao país asiático. Em contrapartida, o Brasil importará pera da China.
Segundo Pereira, a CNA e a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) estiveram em diversas missões à China para apresentar os produtos brasileiros e prospectar oportunidades de negócios em encontros com autoridades, importadores e distribuidores.
Em 2019, a CNA levou um grupo de exportadores de frutas para participar da primeira edição da China International Import Expo (CIIE), a maior feira de importação do mundo, e se reunir com importadores de frutas. “Com certeza a atuação das duas entidades foi essencial para que chegássemos a esse acordo. A China é o segundo principal importador de frutas frescas do mundo, com aproximadamente US$ 9 bilhões em compras do mundo. O consumidor chinês, hoje, demanda frutas de alta qualidade e o Brasil tem isso a oferecer para aquela população”, afirmou Pereira.
Principalmente em grandes centros urbanos, onde o consumo se equipara àquele de países desenvolvidos, cresce o desejo chinês por frutas estrangeiras e exóticas. “Além do melão brasileiro, que é rico em sabor, as frutas da Amazônia também têm chamado a atenção dos consumidores”, disse ele.