Portal do Agro
Colunistas

GRIPE AVIÁRIA DE ALTA PATOGENICIDADE – H5N1 – UM RISCO IMINENTE PARA TODO O CONTINENTE

Uma doença conhecida ganhou uma nova versão e está assustando a avicultura mundial devido à capacidade de transmissão e gravidade dos sinais clínicos apresentados. Trata-se da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade ((IAAP – variante H5N1) e que vem se alastrando em velocidade preocupante e causando grande prejuízo ao setor avícola em todo o mundo.

A doença que preocupa pelo potencial destrutivo para a avicultura mundial vem se alastrando a passos largos e exigindo dos departamentos de defesa sanitária animal dos países, medidas de contenção bastante rigorosas. Somente nessa última semana as variantes A5 e/ou A7 foram identificadas em três diferente continente. Polônia (Europa), Taiwan (Ásia) e Chile (América do Sul) formalizaram a presença da doença em seus territórios e acenderam o alerta máximos nos países vizinhos, como no Brasil e Argentina, importantes produtores de aves e com proximidade preocupante com regiões em que a doença já foi identificada.

O alerta de risco na América do Sul se acendeu quando o Equador e Perú declararam emergência sanitária para a doença. Também Colômbia e Venezuela alertaram a presença do vírus, fazendo Brasil e Argentina anunciarem o reforço em seus respectivos sistemas de vigilância sanitária animal, particularmente na vigilância de fronteira, acompanhamento de aves migratórias e aumento no rigor sanitário nas instalações avícolas industriais.

Tanto no Brasil como Argentina, as medidas visam impedir a entrada da gripe aviária de alta patogenicidade em seus territórios e, no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) intensificou as medidas de prevenção da doença no Brasil; destacando que o país nunca registrou a ocorrência de IAAP em seu território. Já na vizinha Argentina, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Alimentar da Argentina (SENASA) declarou estado de alerta sanitário preventivo em todo o país.

A preocupação das autoridades não se restringe ao fluxo das aves migratórias que se inicia na primavera e expõe todo o continente ao risco da doença, mas também ao trânsito de pessoas oriundas de países comprovadamente com a doença e que podem introduzir a nova variante em seus territórios.

O MAPA intensificou as ações de vigilância epidemiológica com a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas próximo a sítios de parada das aves migratórias. Esse monitoramento permite demonstrar a ausência de infecção, apoiando a certificação do Brasil como país livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. O ministério mantém formulários para notificação de suspeita da doença, bem como cartilhas de orientação para veterinários, sanitaristas e produtores a respeito da doença, métodos de prevenção e controle.

DEIXE SEU COMENTÁRIO ABAIXO:

Publicações Relacionadas

GOVERNANÇA DE TERRAS PELO MECANISMO DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Redação Portal do Agro

TRIPANOSSOMÍASE BOVINA, UMA DOENÇA SILENCIOSA QUE VEM COMPROMETENDO A SAÚDE, O BEM-ESTAR E A SUSTENTABILIDADE DAS PROPRIEDADES LEITEIRAS BRASILEIRAS

Marcus Rezende

O BRASIL PRECISA REALMENTE DE UMA LEI GERAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL?

Juan Monteiro

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Nós vamos assumir que você está bem com isso, mas você pode optar por sair se quiser. Aceitar Ler mais

Política de Privacidade & Cookies