O Banco da Amazônia (BASA) anunciou nesta quinta-feira (31) em Macapá um investimento inédito no Amapá, na ordem de R$ 450 milhões que os produtores amapaenses terão disponíveis pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), em 2019. O Protocolo de Intenções para a Aplicação de Recursos foi assinado pelo governador Waldez Góes, e pelo presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, em solenidade no Museu Sacaca, em Macapá. O BASA é o banco que executa as operações de crédito do FNO, instrumento de política pública federal que visa contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região Norte.
O Protocolo de Intenções foi elaborado pelo Banco da Amazônia e submetido ao Ministério da Integração Nacional e à Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Entre outros aspectos, o documento contempla as estratégias de ação e os programas de financiamento, além dos planos estaduais de aplicação de recursos.
Dos R$ 450 milhões, R$ 273,4 milhões são das diversas vertentes de crédito do FNO e, R$ 19,8 milhões da Carteira de Crédito Comercial. Os recursos das demais fontes somam mais de R$ 110 milhões e serão aplicados segundo a dinâmica econômica local e a demanda apresentada pelo Estado. O aumento gradativo dos recursos é considerável. Em 2017, por exemplo, o Amapá acessou apenas R$ 19,4 milhões. Já em 2018, foram aplicados R$ 113 milhões.
Cenários
O chefe do Executivo estadual, Waldez Góes, disse que vem atuando para atrair novos investidores e assim ajudar no desenvolvimento socioeconômico do Amapá, demonstrando o cenário favorável conquistado ao longo dos anos, para investimentos da iniciativa privada amapaense. Ele exemplificou que a gestão investiu em mecanismos e condições que foram imprescindíveis para convencer a instituição financeira a aumentar os recursos disponibilizados em 2019.
O Programa Tesouro Verde, a Zona Franca Verde, a Base Cartográfica, a Rede Geodésica, o Selo Amapá e, o mais recente convênio com o Exército Brasileiro para o processo de regularização fundiária, foram citados pelo governador como estratégias de desenvolvimento e, que convenceram o Banco da Amazônia a aumentar os recursos para o Amapá. “Só é possível chegar ao desenvolvimento socioeconômico se criarmos um ambiente favorável. E isso tem sido nossa prioridade, nosso compromisso, seja com decisão política e diálogo, seja com transparência e buscando parcerias com instituições engajadas e comprometidas com a geração de oportunidades à nossa população”, enfatizou Waldez Góes, acrescentando que com o fortalecimento da economia, será possível reforçar a política social prestada aos amapaenses.
O presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, por sua vez, observou que o Estado tem muito potencial para continuar ampliando os investimentos. “O governador demonstrou e nós reconhecemos que o Amapá está num grande momento de crescimento, de regularização fundiária e ambiental. E este é o tempo de injetarmos recursos para os produtores rurais, empresários e industriais. 2019 é o ano da Região Norte e, é o ano de testemunharmos o crescimento e fortalecimento desse Estado”, contabilizou.
Tose anunciou que técnicos do Banco da Amazônia vão executar ações permanentes do projeto FNO Itinerante nos municípios para prospectar clientes, esclarecer, fazer cadastros e levar até eles os recursos pactuados. Ainda em fevereiro, o banco vai disponibilizar o FNO Energia Verde – que vai ofertar financiamento de energia solar para pessoas físicas na área urbana. E no segundo semestre de 2019, a instituição financeira vai abrir uma unidade de microfinanças no Amapá, para incluir microempreendedores na política de microcrédito produtivo orientado.
“Tudo isso porque acreditamos no potencial desse Estado e queremos tornar realidade esse potencial, fazer acontecer esse novo caminho em parceria com o governo estadual, prefeituras e iniciativa privada”, vislumbrou Tose.
Para mais informações sobre o FNO e as linhas de crédito do Banco da Amazônia, basta acessar o site www.bancoamazonia.com.br ou procurar uma das agências existentes nos municípios de Macapá, Santana ou Laranjal do Jari.