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Chamado legalmente de abigeato, o furto de animais é uma prática ainda recorrente no estado
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Roubo de gado, clima e outros desafios para a expansão da pecuária do Amapá

Cleber Barbosa, da Redação

O presidente da Federação Amapaense de Agricultura e Pecuária (FAEAP), engenheiro agrônomo Iraçu Colares, disse nesta terça-feira (18) em entrevista à rádio Diário FM (90,9) que exatamente quando a estação das chuvas começa a dar uma trégua e se inicia o período de seca nos campos de várzea, o problema do roubo de gado volta a atormentar produtores da região. Essas e outras dificuldades foram detalhadas pelo dirigente na entrevista.

O chamado abigeato – furto de animais – é um problema recorrente no interior do estado. “A gente até brinca que são os sócios dos produtores de animais, só que não contribuem com as despesas em nada, seja para a alimentação, os cuidados e as vacinas, como a da febre aftosa que nos búfalos são administradas da mesma forma que o boi comum”, disse ele, em entrevista à emissora.

Ele informou ainda ter tido a confirmação da direção da DIAGRO (Agência de Inspeção e Defesa Agropecuária), que o calendário de vacinação inclusive foi adiado por mais 15 dias – devido também a implicações e regras de distanciamento social devido a pandemia pelo novo Coronavírus (COVID-19).

Originalmente, a vacinação deveria iniciar no dia 15 de setembro agora foi remarcado para 1º de outubro, por um período de 60 dias, estendendo-se, portanto, até o dia 30 de novembro.

Colares também confirmou a forte tradição amapaense na produção bubalina, tendo o segundo maior rebanho do país, com cerca de 300 mil cabeças de búfalo, atrás apenas do Pará, com aproximadamente 800 mil animais. “Mas também eles têm mais de maio século na nossa frente desde que iniciaram a criação, né?”, disse ele.

Exportação

Engenheiro agrônomo Iraçu Colares, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Amapá | Foto: Arquivo

Há cerca de 10 anos, disse, foi iniciada uma experiência para a exportação de carne bubalina, para o Oriente Médio, com o chamado animal em pé, com dois embarques para o Líbano, mas depois houve uma retração até pela questão sanitária que, à época, ainda não estava resolvida.

“Nós estamos trabalhando agora, claro, sob a coordenação do Ministério da Agricultura, para que o Amapá alcance o status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação [atualmente é com vacinação] pois acreditamos que alcançaremos isso entre 2021 e 2022, apesar das inúmeras dificuldades nossas, como o clima, nossa geografia, a sazonalidade em relação às chuvas nas regiões de várzea, onde se cria especialmente o rebanho bubalino, o que dificulta algumas operações, mas nós temos evoluído, temos avançado”, disse Iraçu, que registrou ter alcançado uma cobertura vacinal acima de 95% no ano passado.

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