Portal do Agro
Serão transferidas tecnologias para aumento da produção e boas práticas de alimento seguro | EMBRAPA
Notícias

Açaí movimenta R$ 3 bilhões na economia da Amazônia, diz Embrapa

A Embrapa Amapá faz parte do Comitê Municipal da Cadeia Produtiva do Açaí de Macapá (AP), formado para tratar de assuntos referentes à produção, consumo, venda e exportação deste produto que movimenta uma parte significativa da economia do estado do Amapá. O ato de assinatura do decreto municipal Nº 3420/2021 reuniu um pequeno grupo de gestores, autoridades e batedores de açaí, na última terça-feira, 25/5. O chefe-geral da Embrapa Amapá, Antonio Claudio Almeida de Carvalho, participou do evento realizado na sede da Prefeitura de Macapá.

O Comitê do Açaí atende a diversas demandas locais, entre elas a necessidade de fortalecer esta cadeia produtiva com tecnologias agrícolas para o aumento da oferta do produto, por meio da ampliação de açaizais manejados em áreas de várzeas, aumento das áreas de cultivo de açaí de terra firme, e soluções tecnológicas para garantir açaí seguro à saúde do consumidor. Também foi considerado que o açaí é um produto de destaque do extrativismo da economia local, contando com cerca de cinco mil pontos de processamento e venda do produto in natura (batedeiras), gerando emprego e renda para milhares de famílias das zonas ribeirinhas e urbana do município de Macapá.

“A formatação do comitê é fundamental, e por meio dele vamos buscar melhores condições para o desenvolvimento dessa atividade, de forma a beneficiar produtores e a população. Isso se dará, entre outras formas, através do manejo de açaí em área de várzea e terra firme”, afirmou o prefeito de Macapá, Dr Furlan.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Amapá, este comitê inédito no Amapá promove a organização do segmento e será uma forma prática de trabalhar o fomento da cadeia produtiva do açaí, com impacto direto na economia da capital. “Com o manejo do açaí em área de várzeas e o cultivo em terra firme, vamos aumentar a oferta do produto e, com isso, manter um equilíbrio entre a oferta e a procura”, destacou Antonio Claudio Almeida de Carvalho.

O Comitê do Açaí foi idealizado a partir de uma reunião entre o prefeito de Macapá, equipe técnica da Embrapa, deputado federal Camilo Capiberibe (PSB), vereadora Janete Capiberibe e ex-senador João Capiberibe, tendo como pauta o aporte financeiro da emenda parlamentar do deputado Camilo Capiberibe à Embrapa Amapá, no valor de R$ 600 mil para fortalecimento das cadeias produtiva do açaí, camarão e dos óleos vegetais extraídos da floresta.

Amazônia

De acordo com o Balanço Social da Embrapa, o açaí movimentou cerca de R$ 3 bilhões em 2019 na economia da Amazônia. Uma análise sobre a relação benefício/custo no ano de 2019 demonstra que a cada R$ 1,00 real investido na pesquisa em manejo de açaizais nativos na Amazônia Oriental (Amapá e Pará), o retorno para a sociedade é de R$ 44,28 reais; e a cada R$ 1,00 real investido na pesquisa de cultivar de açaí BRS Pará (Amapá, Pará e Rondônia), o retorno para a sociedade é de R$ 36,62 reais.

A Embrapa desenvolve tecnologias para esta atividade que internaliza renda na região e agrega a conservação da biodiversidade. Atua sobretudo em tecnologias para manejo de mínimo impacto de açaizais nativos, tecnologias para cultivo de açaí em terra firme e boas práticas de pós-colheita e beneficiamento dos frutos nas batedeiras, com destaque para o choque térmico nos frutos de açaí produzido em batedeiras como forma de inativar diversos microorganismos causadores de doenças, entre eles o protozoário da doença de Chagas.

Formação

O Comitê do Açaí é coordenado pelo prefeito de Macapá, que será auxiliado por representantes das Secretarias Municipais do Gabinete Civil (Secgabi), de Governo (Segov), Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Inovação (Semtradi). Também fazem parte o presidente da Agência Municipal de Vigilância Sanitária e representantes da Câmara Municipal de Macapá (CMM), dos produtores, dos batedores, dos transportadores e da indústria e comercialização do açaí. O comitê também conta com representantes da Embrapa, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), do Instituto Federal do Amapá (Ifap) e da Universidade do Estado do Amapá (Ueap).

 

DEIXE SEU COMENTÁRIO ABAIXO:

Publicações Relacionadas

Terminal privado de contêineres no Amapá abre nova rota de comércio para o Brasil

Cleber Barbosa

Agroextrativistas do Marajó participarão de oficina sobre políticas públicas na Embrapa-AP

Redação Portal do Agro

Prorrogado prazo para produtores fazerem registro no Cadastro Ambiental Rural, o CAR

Redação Portal do Agro

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Nós vamos assumir que você está bem com isso, mas você pode optar por sair se quiser. Aceitar Ler mais

Política de Privacidade & Cookies