O Banco do Brasil terá R$ 103 bilhões para a safra 2018/2019, dos R$ 194 bilhões disponibilizados no mês passado pelo governo federal para financiar a produção agropecuária. O anúncio foi feito nesta quarta (4), na sede da instituição, em Brasília, em cerimônia com o presidente Michel Temer, os ministros Eduardo Guardia (Fazenda) e Blairo Maggi (Agricultura), o presidente do banco, Paulo Caffarelli, e lideranças do setor produtivo.
Deste volume, R$ 91,5 bilhões serão destinados aos produtores e cooperativas, dos quais R$ 72,8 bilhões para custeio e comercialização e R$ 18,7 bilhões para investimentos. Os R$ 11,5 bilhões restantes serão para empresas da cadeia do agronegócio. O BB também reduziu as taxas de juros dos programas em 1,5 ponto percentual em média.
O Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) terá juros de 6%. Para os armazéns com capacidade de até seis mil toneladas, a taxa será de 5,25%. O Programa de Agricultura de Baixa Emissão e Carbono (ABC) também terá juros de 6% ao ano, assim como o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e o Programa de Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro).
Presente à solenidade, o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço, considerou positivo o Plano Safra do Banco do Brasil e destacou o aumento do volume de recursos e a redução dos juros de programas como ABC, Pronamp e Inovagro.
“O setor recebe positivamente o anúncio. A expectativa é de que o Banco do Brasil, como o maior agente financeiro de fomento e financiamento da atividade rural, possa dar agilidade no acesso dos produtores a esses financiamentos”.
Para o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, a redução da burocracia na tomada dos financiamentos deve acontecer na prática. “Esperamos que isso tenha realmente efetividade para que o produtor consiga ter acesso rápido aos recursos quando ele precisar”.