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Em 2021, dos mais de 921 mil participantes de capacitações 36% eram mulheres | Foto: Istockphoto
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Aumenta a capacitação feminina para atuar no agronegócio brasileiro

Da Redação

O empreendedorismo rural registra cada vez mais a participação feminina. Os números do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) mostram esse aumento crescente das mulheres nas ações de capacitação profissional, nos cursos técnicos e na assistência técnica e gerencial. Um desses exemplos é a participação feminina no CNA Jovem, programa de desenvolvimento de novas lideranças. Em 2014, 32,3% dos participantes eram mulheres e esse número passou para 63,7% em 2021.

Os cursos e treinamentos de formação profissional, promoção social e programas especiais também seguem chamando a atenção desse público. Em 2021, dos mais de 921 mil participantes 36% eram mulheres.

Uma delas é a Jaqueline da Rocha Silva, dona de uma queijaria em Casimiro de Abreu (RJ). Quando engravidou, há sete anos, decidiu que era hora de mudar de profissão e investir na produção de queijo. “Tenho minha casa do jeito que eu sempre quis, consigo organizar o meu tempo e proporcionar momentos de qualidade com a minha filha. O apoio do Senar foi fundamental no processo”, revela Jaqueline, que diariamente produz 180 peças de queijo com a ajuda da irmã.

Ela já participou do Programa Empreendedor Rural (PER), Negócio Certo Rural (NCR) e Mulheres em Campo, programa de gestão voltado exclusivamente para o público feminino para despertar o interesse pelo empreendedorismo.

Com foco na saúde preventiva, o Senar possui o programa Saúde da Mulher Rural. As ações têm como foco prioritário a educação em saúde, diagnóstico precoce, vacinação, questões de gênero, prevenção do câncer do colo do útero, da mama e de infecções sexualmente transmissíveis.

Jouse, Sueliane e Jaqueline são exemplos da força das mulheres no campo.

Já a zootecnista Jouse Moreira é instrutora de cursos de bovinocultura de corte, caprinocultura e sanidade animal do Senar em Boa Vista (RR). “Eu ensino técnicas de manejo e contenção animal antiestresse. Quando eu trabalhava em uma fazenda, como vaqueira, era comum as pessoas irem só para me ver laçar os animais”, diz.

Jouse afirma que o fato de estar em constante busca por aperfeiçoamento profissional a motivou a se matricular no curso Técnico em Agronegócio, oferecido pelo Senar.

E essa busca por conhecimento prático e por melhores oportunidades profissionais reflete nos números. Em 2019, as mulheres representavam 41,10% dos estudantes matriculados no curso Técnico em Agronegócio e, em 2021, o total foi de 43%.

Sueliane Maria Machado é produtora de mandioca em Parnaíba (PI) e concluiu o curso técnico em Agronegócio em 2020. Ela e o marido recebem a Assistência Técnica e Gerencial do Senar, que leva inovação e adoção de tecnologias para a melhoria da gestão do sítio que possui 2 hectares dedicados à produção de mandioca. “Semanalmente são vendidos 80 quilos de mandioca descascada e 100 quilos de puba, que é a massa extraída da mandioca fermentada. Antes eu sentia muita dificuldade para me organizar, para elaborar as planilhas. Isso tudo mudou depois dos cursos do Senar e com a ajuda do técnico de campo”.

Na ATeG do Senar, 19,25% dos produtores cadastrados e que recebem o acompanhamento técnico são mulheres. Em 2019, esse total era de 15,23%.

Se você ficou interessada em saber mais sobre os cursos e ações do Senar, procure o Sindicato Rural de seu município ou entre no site https://www.cnabrasil.org.br/senar/senar-nos-estados

 

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