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A agropecuária apresentou alta de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre
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Agronegócio exige profissionais cada vez mais qualificados, dizem especialistas do setor

SILVANA BAZANI, A GAZETA-MT

Produzir é um imperativo na atividade agropecuária. Para atender a progressiva demanda por alimentos no planeta e
garantir recordes de produtividade investe-se na modernização da agricultura. Neste processo, a incorporação de
pessoal cada vez mais especializado é imprescindível. Como líder na produção agrícola e pecuária, Mato Grosso terá
que sofisticar os mecanismos de gestão e administração no campo, que engloba a contratação de líderes e profissionais de perfil técnico.
Especialista em recrutamento de gestores para o agronegócio e diretor executivo da Michael Page, Roberto Picino,
afirma que a necessidade de profissionais para essa atividade econômica aumenta desde 2010. Entre os motivos está a ascensão do agronegócio, que impulsiona o Produto Interno Bruto (PIB). “O mercado acompanha e se movimenta. Isso altera o ritmo de contratações”. Nos últimos 5 anos, a seleção de pessoal para atuar nessa área ficou mais complexa e refinada, completa ele.
“Mato Grosso é importantíssimo nas áreas de grãos e carnes e para o Estado não há outro caminho senão o
crescimento”. Safras recordes e a impressionante produtividade somadas à próspera demanda internacional por
alimentos levam a crer que o agronegócio é um dos setores mais promissores da economia brasileira.
Sendo assim, terá que aperfeiçoar seus mecanismos de administração.
Segundo o especialista, nota-se um movimento de profissionalização em grandes grupos do agronegócio, com
recrutamento de gestores para posições estratégicas. “Serão essas pessoas as responsáveis pela nova fase que essas
empresas estão optando, seja para estruturação de processos, ampliação de mercado ou internacionalização da
operação”.
No último ano, os profissionais mais requisitados pelo agronegócio foram para atuar nas áreas de Operações,
Finanças e Vendas. Na lista figuram gestores de fazenda, com remuneração variável entre R$ 10 mil a R$ 25 mil.
Incluem-se ainda coordenadores técnicos com domínio nas áreas de irrigação, tratos culturais, monitoramento de pragas e controle de qualidade, com salários entre R$ 6 mil e R$ 12 mil. Para atuar como controller, os rendimentos salariais podem variar de R$ 12 mil a R$ 16 mil. Já para coordenadores e gerentes comerciais, os salários oscilam entre R$ 7 mil e R$ 12 mil. Segundo levantamento da Michael Page, contratações para a área operacional representam 50%, sendo seguidas pelas áreas de finanças (30%) e vendas (20%).
Segundo a diretora executiva da Dezorzi Consultoria, Marluce Dezorzi, nos últimos 2 anos foram recrutados
profissionais para mais de 300 vagas na área do agronegócio, somente pela empresa que comanda.
Ela reforça que para um cargo gerencial o salário pode variar entre R$ 8 mil e R$ 18 mil. Já os consultores de vendas
são remunerados com valores entre R$ 3,5 mil e R$ 5 mil, sem contar comissão e bônus. Inclusive esta é uma das
funções mais demandadas no Estado, além de gestor comercial, mecânicos de máquinas agrícolas e gerente comercial.
Com expertise na seleção de profissionais para o agronegócio, a diretora da RH Brasil, Viviene Scaracati afirma que
a procura aumentou exponencialmente nos últimos anos e que o número de profissionais qualificados não é suficiente para atender esse mercado. Para este ano, a consultoria prevê abertura de 1,5 mil vagas voltadas para o segmento.
Atualmente a empresa está em processo de recrutamento para 60 vagas, incluindo para as funções de mecânico de
máquinas pesadas, contador, mecânico industrial, operador de máquinas, engenheiro florestal, gestor ambiental, gerente de logística, gestor jurídico, advogado cível e advogado trabalhista.

Em 2018, a previsão de recrutadores é que no mínimo 1,5 mil profissionais sejam selecionados para atender o
agronegócio.

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