A silvicultura (obtida em florestas plantadas) contribuiu com 72,7% (R$ 150,5 milhões) desse total, representando um aumento de 7,7% no valor de produção na comparação com 2017. Os dados são da Unidade Regional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mediu também a extração vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas) teve participação de 27,3% (R$ 56,5 milhões), apresentando um aumento de 11,5% na comparação com o ano anterior.
Na silvicultura, a produção de madeira para a indústria de papel e celulose foi o grupo que gerou o maior valor de produção em 2018 (R$ 142,6 milhões).
Ainda na silvicultura, Ferreira Gomes registrou o maior valor de produção (R$ 60,3 milhões, crescimento de 4,6%), em seguida, Macapá (R$ 49 milhões). A área total de florestas plantadas no Amapá cresceu 5,5%, incremento de 2.804 hectares de cobertura, concentrados principalmente em Ferreira Gomes (55,5%) e Macapá (18,5%).
Na extração vegetal, os produtos madeireiros, que representaram 89% do valor de produção, registraram um crescimento de 10,9% no ano. A madeira em tora – principal participação no valor de produção do grupo – teve aumento de 6,5% na produção e também, crescimento no valor de produção (9,1%).
Os produtos extrativos não-madeireiros registraram crescimento de 16,8% no valor de produção, totalizando R$ 6,2 milhões. Entre eles, o açaí continua apresentando o maior valor de produção (R$ 5,3 milhões), com alta de 18,5% em relação a 2017. A produção de castanha-do-pará caiu em 2018 (-8,2%). Entretanto, o valor da produção aumentou (7,7%).
As informações são da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs) 2018, que investiga 37 produtos do extrativismo vegetal e sete da silvicultura de todos os municípios brasileiros. A pesquisa traz informações sobre a produção, a variação e a distribuição espacial de produtos madeireiros e não-madeireiros, assim como a participação da extração vegetal e da silvicultura no valor da exploração vegetal.
Os resultados e demais publicações desta divulgação estão disponíveis em <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-pecuaria/9105-producao-da-extracao-vegetal-e-da-silvicultura.html?=&t=o-que-e>
Silvicultura cresce 7,7%
A silvicultura apresentou crescimento de 7,7% e atingiu o valor de produção de R$ 150,5 milhões. A produção de madeira destinada ao mercado de papel e celulose foi a que gerou maior valor em 2018 na silvicultura, com participação de 94,7% e registrando R$ 142,6 milhões (crescimento de 7,4%). Houve aumento de 6,4% na produção de tora destinada a esta indústria.
Segunda posição no valor da silvicultura, a produção de madeira em tora para outras finalidades representou 5,3% do total gerado pelo setor, somando R$ 7,9 milhões, com crescimento de 13,6% e aumento de 12,4% no volume produzido.
Ferreira Gomes tem o maior valor de produção florestal do Amapá
Com crescimento de 4,3% e alcançando os R$ 62,8 milhões, Ferreira Gomes é o município do Amapá com o maior valor de produção florestal (soma de todos os produtos extrativos com os produtos da silvicultura) e participa de 30,3% do total estadual. Em segundo lugar, aparece Macapá, que apresentou R$ 52,7 milhões de valor de produção.
A área total de florestas plantadas no Amapá cresceu 5,5%, alcançando 53,8 mil hectares, concentrados principalmente em Ferreira Gomes e Macapá (74,1%). Foi um incremento de 2,8 mil hectares de cobertura. As áreas de eucalipto somaram 52,3 mil hectares, o que representa 97,2% das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais no estado.A área plantada em Ferreira Gomes ocupa a 57ª posição entre os municípios brasileiros. Em primeiro lugar está Três Lagoas-MS. Macapá aparece na 223ª e Porto Grande 251ª colocação.
Em 2018, o valor de produção obtido através da extração vegetal apresentou aumento de 11,5%, totalizando R$ 56,5 milhões. O grupo dos produtos madeireiros teve a maior participação no valor de produção do extrativismo (89,0%) e registrou crescimento de 10,9% no ano. Entre os principais produtos madeireiros do extrativismo, a madeira em tora, produto com maior participação no valor de produção do grupo, registrou aumento de 6,5% na produção, um total de 857,2 mil metros cúbicos. Por consequência, apresentou aumento no valor de produção de 9,1%, que totalizou R$ 40,6 milhões. A lenha extrativa foi o segundo produto deste grupo em valor da produção: R$ 7,3 milhões.
Em 2018, a soma do valor de produção dos produtos não-madeireiros registrou crescimento de 16,8%, totalizando R$ 6,2 milhões. Esse tipo de atividade extrativista exerce grande relevância para os povos e comunidades tradicionais, contribuindo para a ocupação da mão-de-obra e distribuição de renda.
O grupo dos produtos alimentícios responde exclusivamente pela produção de não-madeireiros da extração vegetal no Amapá. O açaí foi o produto que registrou maior participação no valor de produção dentro deste grupo (86,2%).
O açaí amazônico é coletado de uma palmeira nativa da região, tendo 92,0% de sua produção extrativa concentrada nos estados da Região Norte. Em 2018, a produção extrativa de açaí atingiu 2.873 toneladas no Amapá. Volume 3,7% acima do obtido no período anterior e impulsionando o crescimento de 18,5% no valor de produção (R$ 5,3 milhões).
Castanha-do-pará tem queda na produção em 2018, no Amapá
A produção da castanha-do-pará redução em 2018. Foram 39 toneladas a menos (-8,2%), caindo de 476 toneladas para 437. Já o valor da produção foi de R$ 824 mil. Um crescimento de 7,7% em relação a 2017. A produção de castanha no Amapá ocorre nos municípios de Laranjal do Jari, Mazagão e Vitória do Jari. Este último responde por 56,3% da quantidade produzida.