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A vassoura-de-bruxa é causada por fungo que deixa os ramos das plantas secos | Foto: Edyr Batista
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Embrapa debate tecnologia para controlar doença em cupuaçuzeiros

Dulcivânia Freitas, jornalista

O Prosa Rural, programa de rádio da Embrapa, destaca esta semana uma técnica para controlar a vassoura-de-bruxa, doença que ataca ramos, flores e frutos do cupuaçuzeiro e do cacaueiro. Esta doença pode causar a perda de 100 por cento dos frutos e inviabilizar a produção do pomar. A vassoura-de-bruxa é causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa, tem este nome porque deixa os ramos das plantas secos, parecidos com uma vassoura velha.

O Prosa Rural tem duração de 15 minutos, composto de entrevista com pesquisador, depoimento de produtor, receita à base de produtos regionais e música regional. No quadro “Um dedo de prosa”, o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Rafael Moyses Alves, explica como se faz o controle da vassoura-de-bruxa substituindo a copa dos cupuaçuzeiros com a técnica de enxertia de copa; quais as vantagens desta técnica e os benefícios para o produtor que trabalha com os clones recomendados pela Embrapa.

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Nesta edição do Prosa Rural, a prática recomendada para controlar a vassoura-de-bruxa é substituir a parte aérea de plantas vulneráveis à doença, utilizando a técnica de enxertia de copa. No Amapá uma ação de transferência dessa tecnologia está sendo realizada com o objetivo de recuperar pomares de cupuaçuzeiros atacados com vassoura-de-bruxa.

Foram instaladas Unidades Demonstrativas em áreas de agricultores da Colônia Agrícola do Matapi, polo produtivo do município de Porto Grande (AP). “Os produtores estão utilizando os clones das cultivares BRS Coari, BRS Codajás, BRS Manacupuru e BRS Belém, que foram lançados pela Embrapa Amazônia Oriental (PA), todos tolerantes à vassoura-de-bruxa e estão tendo ótimos resultados”, constatou o analista de transferência de tecnologias da Embrapa Amapá, Edir Batista. Em áreas totalmente infestadas de vassoura-de-bruxa, as plantas que tiveram as copas refeitas agora encontram-se sadias e frutificaram. A transferência desta tecnologia é uma ação do Projeto TecFruti, vinculado ao Projeto Integrado da Amazônia (PIA), financiado com recursos do Fundo Amazônia.

O agricultor Aumari Catarino Cândido, conhecido como Miquiba, é um dos parceiros do trabalho na Colônia Agrícola do Matapi. “Comecei o pomar em 1996, aqui era área de mata. Fiz os procedimentos de agricultura, e fui plantando o cupuaçu. Com o tempo começou a aparecer muita vassoura-de-bruxa, a produção era boa, mas o negativo era essa doença. Colhia uma tonelada de polpa, mas se não fosse a vassoura tenho certeza que chegaria até uma tonelada e meia. Essa técnica da substituição das copas dos cupuaçuzeiros está dando muito certo, as plantas têm um desenvolvimento muito bom, as copas são bonitas e sem vassoura-de-bruxa”, destacou o produtor.

Cupuaçuzeiro

O cupuaçuzeiro é uma árvore típica da Amazônia, que pode chegar a 15 metros de altura. O fruto é o cupuaçu, que possui um aroma forte. Da casca é possível fazer adubo orgânico; a polpa é usada para suco, sorvete, doce e licor; a gordura é usada para cosméticos. Ele é utilizado também para fabricar cupulate, um produto similar ao chocolate do cacau.

 

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